terça-feira, 21 de maio de 2013

A Criação da Espada do Céu e da Terra

No começo do mundo, só havia a Terra vermelha e o Céu preto. E os dois brigavam sobre como a Espada que criaria a Vida deveria ser.

“Sonho!” Trovejou o Céu, projetando a Espada. “Para que todo ser pensante possa voar sem asas!”

“Pensamento!” Tremeu a Terra. “Para que todo ser pensante não voe sem asas!”

“Criação!” Relampejou o Céu. “Para que os seres viventes possam alterar seus destinos!” 

“Destruição!“ Gritava a Terra, em erupção e moldando a Espada. “Para que todos os seres tenham espaço igual, e nenhum domine eternamente a Cadeia da Vida!”

“Noite!” O Céu brilhou com suas estrelas e esfriando a Espada. “Para que os seres que não suportem o calor do Sol vivam sobre mim!”

“Dia!” Protestou a Terra, agora com oceanos para esfriar a Espada mais rápido. “Para que os seres que gostam da luz vivam sobre ela e descansem de Noite!”

”Imaginação!” Falou o Céu, ofuscado pelo ar e a luz, que tingiam ele de azul de vez em quando enquanto ele temperava a Espada com os relâmpagos.  “Para que todo ser que pense possa juntar os pensamentos e criar sonhos novos!”

“Realidade!” A Terra gritou, experimentando a espada e tentando atacar o céu com os furacões. “Para que os seres que imaginam não destruam as Leis do Universo e possam viver em harmonia, mesmo que isso cause a morte!”

O Céu e a Terra viram que a Espada estava pronta, e concordaram com uma coisa: que ela era muito poderosa para cair nas mãos de um único ser.

“O que vamos fazer, Céu?”

“Vamos quebrar a Espada em pedaços com meu trovão, Terra.”

“Eu vou espalhar os fragmentos pelo mundo com os meus mares, Céu. Assim, ninguém poderá usar a Espada, mas todo aquele que for cortado por um fragmento dela terá uma fração de sabedoria.”

“Terra, eu vou movimentar os ventos para ajudar o seu oceano, e para espalhar a poeira da Espada para todos os  seres.”

E assim, o Céu e a Terra quebraram a Espada em um pó muito fino, brilhante de estrela, e a harmonia da Vida começou.

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