domingo, 19 de maio de 2013

A Vespa e a Abelha



Em uma floresta tropical, havia um bando de vespas que comia abelhas. Como uma vespa podia matar várias abelhas de uma vez, assim elas caçavam. Certo dia, uma vespa viu uma abelha com o olhar distraído, procurando pólen.

“Oba!” Pensou a vespa. “Aquela ali parece ser burra o suficiente para servir de comida para mim!”
A vespa chegou perto da abelha e fez o pior papel de atriz possível.

“Ó, abelhinha! Você poderia me ajudar? Eu me sinto tão desolada nessa floresta... eu me perdi do meu grupo!”

A abelha perguntou, desconfiada.

“Mas você não vai tentar me devorar? Eu fiquei sabendo que o seu grupo de vespas adora devorar abelhas.”

“Não, abelhinha! Juro que não!” Continuou a vespa, interpretando pior que uma atriz de teatro de 5ª categoria. “Você é a minha amiguinha querida! A mais especial!”

A abelha, então, demonstrou a sua solidariedade.

“Não precisa chorar! Eu acredito em você. Vem, é por aqui.”

“Otária!” A vespa começou a zombar em pensamento. “Nunca tive refeição mais fácil que você!”
A vespa, então, continuou com o seu teatrinho.

“Você pode me seguir nesse caminho aqui, longe da sua colméia? É que eu não quero ser reconhecida.”

“Tá.” Respondeu a abelha. “Eu vou seguir você.”

Assim que chegou no meio da floresta, a vespa lançou o seu ferrão na abelha e a feriu mortalmente.

“Abelha idiota! Eu sabia que você ia cair nessa! Vocês sempre caem!”

“Engano seu”, respondeu a abelha com os seus últimos suspiros.

“Eu conheço o tipo de vocês. Vocês acham que, mentindo, conseguem enganar as abelhas mais fracas.”

A vespa tentou escapar, horrorizada por ter sido descoberta. Mas ela estava perdida. A abelha, então, continuou.

“A nossa colméia já sabe dessa estratégia de vocês. Eu sabia que, no momento em que você veio me pegar, eu já estava perdida. Mas...”

“Mas?! Mas o quê?! Continuou a vespa, incrédula.”

“Mesmo sabendo que havia poucas chances de você ser diferente, eu resolvi dar uma chance. Se você não tivesse me ferroado mortalmente, teria escapado. Mas agora...”

E a abelha morreu.

Achando que estava salva com a morte da abelha, a vespa tentou fugir. Mas foi em vão: aquela abelha tinha chamado por outro grupo de abelhas para vigiá-la e proteger a colméia. Elas cercaram a vespa, geraram uma fonte de calor muito grande, e torraram a vespa, morrendo junto com elas e salvando a colméia.

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